Dá sempre uma sensação terrível de impotência ouvir o bebê gritar de cólica e não conseguir fazer nada para aliviar aquele desconforto. Ao mesmo tempo, rola uma pontada de culpa e medo — sim, cabeça de mãe é uma confusão — só de pensar em medicar um recém-nascido.
Por isso, é bem comum que as mães, especialmente as de primeira viagem, fiquem com aquele sentimento de “Deus me livre, mas quem me dera” ao ouvir falar de remédios que ajudam a minimizar as cólicas, como o Colikids.
Aqui em casa, eu tive duas experiências bem diferentes quando o assunto são as temidas cólicas. O Pedro não teve nem mesmo uma vez, já a Juju… minha filha tinha cólicas terríveis, que não deram trégua até os 4 meses e foram responsáveis por muitos momentos de pura aflição.
Se você der uma olhada nesse post AQUI, vai ver que eu já disse uma vez que os remédios disponíveis no mercado atuam somente como paliativos, já que o desconforto nada mais é que um processo normal de amadurecimento do sistema digestivo do bebê.
No entanto, como o Colikids tem lactobacilos que atuam justamente no equilíbrio e fortalecimento da flora intestinal do recém-nascido e não é um composto químico cujo o objetivo é aliviar as dores, achei que valia a pena fazer um post para explicar um pouco melhor o assunto. Vamos lá:
Afinal, o que é o Colikids?
Relativamente recente no Brasil, já que só começou a ser vendido por aqui em 2014, o Colikids é um composto feito a base de probióticos, espécie de bactérias “do bem” que vivem no intestino e ajudam a melhorar a saúde do corpo.
No caso específico desse medicamento, o probiótico utilizado na formulação é o Lactobacillus Reuteri DSM 17938, microrganismo que também está presente no leite materno e que, uma vez integrado ao sistema digestivo, ajuda a fortalecer a flora intestinal dos bebês.
Por se tratar de um medicamento à base de probióticos que, como eu já disse, existem naturalmente no leite materno, o Colikids não oferece nenhum risco em potencial de prejudicar o delicado sistema digestivo dos bebês e é considerado bastante seguro para eles.
No entanto, mãe é mãe, e eu sempre vou achar automedicação um risco que não vale a pena ser corrido. Por isso, se você quiser experimentar no seu bebê, converse antes com o pediatra e veja o que ele acha da ideia. E se você ainda não “encaixou” legal com um, tem um post AQUI para ajudar você a escolher.
Colikids funciona?
Entenda bem: como tudo nessa vida, depende. Isso porque, como eu já disse, diferente das medicações habituais para cólicas dos bebês, como o Colic Calm ou o Luftal, ele não tem efeito paliativo.
Então se a ideia é usar o medicamento naquele momento de desespero, quando o bebê está berrando e você não sabe o que fazer, não funciona, já que a função dele não é aliviar as cólicas, mas fortalecer a flora intestinal e evitar que elas reapareçam no futuro .
Em geral, o probiótico costuma levar entre 7 e 20 dias para fazer efeito, mas como toda mãe bem sabe, cada criança é única e pode reagir de maneira diferente ao tratamento. Tem muitas mães que relatam que em 10 dias as cólicas já dão uma boa amenizada e em 15 dias o problema praticamente desaparece. Outras, não têm essa mesma sorte. Na dúvida, só testando mesmo.
Uma coisa que é importante saber é que as chances de sucesso são maiores se o seu bebê se alimentar com fórmula, já que ele passará a receber os lactobacilos que estão presentes no leite materno. No entanto, isso não quer dizer que eles não funcionam com mamães que amamentam, ok?
Quanto devo dar para o bebê?
É o tal negócio: como você sempre deve conversar direitinho com o pediatra ANTES de testar o medicamento no seu recém-nascido, ele provavelmente vai te orientar sobre a dosagem correta.
Em geral, são indicadas 5 gotas por dia, e o melhor é sempre misturar no leite ou em outras bebidas que estejam em temperatura ambiente. Nunca coloque o probiótico em bebidas quentes, já que elas podem danificar as bactérias presentes no composto.
Dica importante: como o remédio acaba fazendo com que o bebê faça cocô em algumas horas, o ideal é misturar com alguma mamadeira da manhã ou do início da tarde. Deixar para fazer isso mais à noite é pedir para acordar uma vez extra pra troca de fralda. ;)
Tem que ter algum cuidado especial para armazenar?
Não dá pra esquecer que o principal componente do probiótico são lactobacilos vivos que, se não preservados, não farão qualquer efeito na flora intestinal dos bebês. Então, guarde sempre na geladeira para garantir que eles chegarão intactos no intestino dos pequenos.
Ops, exagerei na dose, e agora?
Ainda que seja um produto natural, sem potencial de causar riscos à saúde do seu bebê, superdosagem é assunto sério, que precisa ser examinado pelo pediatra.
Por isso, se por algum motivo qualquer você acabou exagerando na dose, fique calma e vá direto para o pronto-socorro com o pequeno, sempre levando a embalagem com você.
Não faça nenhuma tentativa de provocar o vômito e nem dê água ou leite para tentar contornar a situação, ok?
Uma coisa que poucas mães sabem é que você também pode ligar para o Ceatox, o Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São Paulo, no número 0800 148 110, de qualquer cidade do país.
A ligação é gratuita e a equipe é treinada para orientar sobre o que fazer em caso de intoxicação provocada por qualquer tipo de produto, de medicamentos a material de limpeza.
Eu sempre fui paranoica com essas coisas e nunca passei por nada de grave, mas acidentes domésticos acontecem e é sempre bom ter o número à mão, não é?
Existem casos em que o probiótico não é indicado?
Como eu já disse aqui, o produto costuma ser bastante seguro, já que esses lactobacilos estão presentes naturalmente no leite materno.
Mas pode acontecer (em se tratando de maternidade, tudo pode acontecer, não se esqueça) de o seu bebê ter uma alergia ao Lactobacillus Reuteri. Nesse caso, não vai rolar de usar o probiótico mesmo. Portanto, nunca é demais repetir: converse sempre com o seu pediatra antes.
O que mais dá para fazer para evitar a cólica dos bebês?
A cólica dos bebês é uma espécie de mal necessário, já que trata-se de um processo normal de amadurecimento da flora intestinal do recém-nascido.
Por isso, chás, remédios homeopáticos como o Colic Calm, ou para gases, como o Luftal, até podem aliviar os sintomas, mas são realmente paliativos, ou seja, aliviam aquele desespero e choro agudo aqui, para que ele reapareça logo ali na frente.
Quando o sistema digestivo do bebê estiver realmente fortalecido, o que acontece em geral, lá pelo terceiro mês (ou no quarto, como foi comigo), ela vai embora e a paz volta a reinar (ou ao menos aquela agonia de ver o bebê gritando de dor some).
Para mim, ainda não inventaram remédio melhor para cólica dos bebês que colinho de mãe. Aqui em casa sempre foi assim: quando a Juju começava a chorar de cólica, eu colocava ela na minha barriga, e enchia de carinho: apesar de cansativo, nunca teve solução mais eficiente e eu confesso que morro de saudades dessa época. <3
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